13 junho 2009

Tempo

O tempo - que bicho é este?
Nunca sabe o que faz.
Quando não deve, passa depressa,
Quando deve.. parece que anda para trás.

25 maio 2009

És tu

Não é que precise de ti para poder viver, a sério que não. Acho que fiz um belo papel a sobreviver sem ti durante estes anos todos em que não estiveste presente na minha vida, não por abandono mas por acaso do destino - ainda não te conhecia. Durante esses anos todos (e tu sabes que foram muitos) não senti falta de ar, o meu coração não ameaçou deixar de bater, tão pouco me senti a desfalecer em algum momento. Vivi normalmente, uns dias feliz, outros triste, outros assim-assim. E a verdade é que não me fazes falta para viver, não fazes. Eu posso viver sem ti. Posso arrastar-me todos os dias da cama, lavar a cara e os dentes, vestir uma roupa qualquer, amarrotada, e seguir com o meu dia-a-dia. Posso almoçar sem ti, posso passear pelas avenidas e jardins sozinha, ou com qualquer outra pessoa que me queira fazer companhia. Posso tudo isso e muito mais. Posso, mas não quero. É ao teu lado que eu quero acordar, é a tua cara aquela que eu quero ver assim que os meus olhos sentem reflectidos os primeiros raios de sol da manhã. É para ti que eu quero estar bem vestida e perfumada. É a tua mão que eu quero agarrar, devagarinho, enquanto passeio por essas avenidas, por esses jardins. É a tua companhia que eu quero.
És tu, percebes?

09 maio 2009

Olhar para trás

É bom olhar para trás e ver que as coisas não mudam tanto assim, pelo menos em alguns aspectos.

Há coisas que não têm de acabar logo, continuam.
Essas coisas, quero que sejam como um círculo: sem princípio nem fim.


Quero poder, daqui a uns meses, quem sabe anos, olhar para trás e pensar: uau. Eu consegui.

Consegui manter aquilo e aqueles de que gosto. E é incrível como o tempo passa depressa. Parece que foi ontem que aqui cheguei, e já tenho tantos amigos! E o melhor é que eu tenho a certeza que são verdadeiros, não são como alguns que deixei para trás e que de amigos só têm mesmo o facto de me conhecerem.

Obrigada a todos =]

28 janeiro 2009

Gosto de dias de chuva. Gosto de vocês, de ti também.

Gosto de dias de chuva. Gosto de ficar no meu quarto a ouvir música, baixinho (nunca gostei de ouvir música muito alto). Fico a pensar na vida, no que quero fazer, no que já fiz, no que ainda sonho e no que deixei de acreditar. Fico sempre um pouco nostálgica, com saudades dos meus amigos que estão longe, mas parece que às vezes temos de abdicar da presença de algumas pessoas. Dói, custa muito, mas aprendemos a lidar com a saudade. Pensamos menos nela a cada dia que passa. Arrumamo-la a um canto, com jeitinho. Mas ela está lá, não desaparece. E em dias em que as nossas ideias lutam umas contra as outras, dias em que os nossos sentimentos resolvem misturar-se e diluir-se uns nos outros, a saudade vem, lembra-nos que está aqui. Desce do nosso pensamento ao nosso coração e aperta-o. Dá-lhe um nó, bem apertado, bem comprimido. E esse nó fica. Fica por mais algum tempo.
Vemos então fotografias, procuramos conversas gravadas no computador, tentamos enganar a saudade. Os amigos que ficaram para trás vivem novamente na nossa memória. Passam diante de nós momentos de felicidade, de alegria, de sorrisos, de abraços, de lágrimas, de soluços, de tristeza e de desilusões, porque afinal a amizade é tudo isso. Não são só dias felizes, são também dias tristes, dias em que nem tudo corre bem, mas no fim, um amigo

dá-nos a mão e ajuda-nos a levantar, a seguir em frente sem olhar para trás, sem olhar para o que ficou e que não interessa mais. Não é preciso deixar cair as lágrimas na cama. No ombro de um amigo sabe sempre melhor, é sempre mais reconfortante. A almofada agradece.
É em dias como esses, em dias como estes, que nos sentimos gratos por tudo aquilo que temos. É tão bom ter amigos! Nem precisam de ser muitos. Basta um, talvez dois, desde que sejam sinceros.
Oiço a chuva a cair lá fora.. Como é bom! É bom sentir-me grata! Quero amigos - mais ainda. Quantos mais melhor. E sinto-me feliz... porque sei que os tenho.
E mesmo que nestas últimas semanas não tenhamos falado, eu gosto muito de ti - amigo! Mesmo que por alguma razão nos afastemos, eu vou estar sempre aqui para ti. Não importam as circunstâncias. Eu sou tua amiga. Isso diz tudo. Vou estar presente, mesmo quando não estiver ao pé de ti. Vou ouvir-te, mesmo quando não falares para mim. Vou dar-te conselhos, mesmo que não os oiças. Vou abraçar-te, mesmo que o calor do meu abraço não chegue a ti, não tenho culpa da distância, das separações, das coisas que se metem entre nós. Vou chorar contigo mesmo que não possas molhar o meu ombro com as tuas lágrimas, por uma razão ou outra. Vou ultrapassar os obstáculos, vou fazer de conta que eles não existem. Nada disso interessa, percebes? Eu sou tua amiga. Isso diz tudo.

17 janeiro 2009

E..

Faz de mim o que quiseres. Trata-me bem, trata-me mal. É-me indiferente. Pede-me a minha ajuda e depois nega-me, assim, como quem só quer quebrar o monotonia. Toca-me na mão e depois pede-me que te desculpe, foi sem querer. Faz tudo isso, faz mais do que isso. Empurra-me. Pisa-me. Maltrata-me. Faz o que bem quiseres e te apetecer. Sabes que não me importo. Não me importo de sofrer por tua causa, porque eu tenho várias causas pelas quais luto mas a maior e mais nobre delas todas és tu. É para ti que canalizo as minhas forças mais secretas e não me importo de ficar cansada, magoada. Eu vou continuar a lutar assim, apenas porque sim.